sábado, 21 de dezembro de 2019

O CAIXEIRO VIAJANTE E A CARTA DO NOEL

Viajando a dias, por terras desconhecidas e empoeiradas,
Passando por desfiladeiros, vales, por caminhos distantes
em sua longa jornada, a pé segue em uma rota ensolarada
Procurando o caminho certo, prossegue o caixeiro viajante.

Junto ao caminho insólita estrada, a flor de coral, a russélia
Deslumbrante baila, o caixeiro inerte, procura a beira da via
Encontra o “manacá da serra”, que lindas flores chamativas
Parece querer conversar, são as hortênsias de flores azuis.
 
O caixeiro viajante leva um baú, surrado, de cheiro agradável
feitos com fibra de casca de coco, e presentes em dias atuais,
os cantos tinha ponteiras de metal, era um baú memorável...
 
O caixeiro viajante levava remédios, rapé, chaves, leques, tabaco,
escovas de cabelos e relíquias, livros de oração, as bolsas relicário.
Acreditava-se que levavam um elixir, que aumentava a longevidade.
 
O Caixeiro viajante de tal fama, em seu baú de cor âmbar opaco,
Seguia em direção a um lugar ermo, distante o “orfanato Soledade
Avistado acima da colina, uma casa de grande varanda, onde diz:
 
“Quando somos bons para os outros, somos ainda melhores para nós”.

O Caixeiro viajante retirou entre as partes do antigo baú uma carta
Depositou aos pés da cestaria, entreolhou na janela, o coral infantil

Quando o viram, correram para abraça-lo, foi quando uma criança,
Leu e recitou a carta: “Amor é aquilo que vem por inteiro, é aceitar
um pacote completo de qualidades, defeitos, dúvidas e incertezas...”
 
Um silêncio e uma voz irrompeu a melancolia... – Venham!
Venham todos... É Véspera de Natal! A ceia está servida!!!