Aflita... Em desespero contínuo na via expressa,
acorda
assustada, para mais uma triste jornada,
caída em
meios aos jornais velhos...Desajeitada
empurra o
frio do minuano , que insiste, do nada
esmagar corpinho frágil, da menina machucada.
Velhos,
mendigos e loucos vagabundos rondam,
a carne
trêmula, da flor exposta ao brejo social,
todos
querem sugar, o Fel do pecado, daquela
garota com
pele lilás aveludada, ali na calçada.
Horror na
noite enluarada, banquete para o absinto
carnal, corvos
da noite sobrevoam o gueto inquieto.
A garota
esta posta em pêlo nua, roupas íntimas já
rasgadas,
revelam toda a beleza ingênua da virgem
que dança,
ante a fúria sagaz do audaz estripador...
A noite
escura avança e os grunhidinhos dos gatos
nos
telhados, sob a luz da lua cheia, a virgem sofre
um mal
súbito, diante da voracidade do torturador.
Eis que o
mal é contido... A garota finge orgasmo,
O louco
estripador desespera-se diante do pecado,
Quer
morder, lamber a cria, mas... Com uma lança
empurra o
corpo da garota ensangüentado e suado.
Cai aos
seus pés, envenenado pelo fel do absinto
Despojado
de suas forças... O mostro é derrotado
por uma
força abrupta, sobrenatural, corroído e só
vê a
presa, a fêmea recompor-se, vê desconsolado
a virgem
romper a neblina, desaparecer na esquina
tão perto
dos seus olhos, tão longe de suas garras.
Ontem foi
uma jornada que talvez ainda não acabou
Talvez uma
amanhã que ainda não veio, um sol que
retrocedeu,
numa cidade cinza, povo sem memória,
que
esqueceu seus heróis, menosprezando garotas,
com
horripilantes histórias reais, esquecidas nas vias
ignoradas
nas delegacias, em B.O engavetados nas
salas
burocráticas... As Mídias “Todos pela
Democracia”
Enquanto a
noite fria não passa, adolescentes vadias
marcham
pelas calçadas, em busca de Sexo e fumo.
Quem quer
ouvir seus gemidos, cafetões ou a Igreja.
Quem quer
se envolver, mostrar-lhe caminhos, rumos
diferentes.
Cafetões, Clientes ou os Crentes...
Quem quer
Ajudar que seja URGENTE!