Viajando
a dias, por terras desconhecidas e empoeiradas,
Passando
por desfiladeiros, vales, por caminhos distantes
em
sua longa jornada, a pé segue em uma rota ensolarada
Procurando
o caminho certo, prossegue o caixeiro viajante.
Junto
ao caminho insólita estrada, a flor de coral, a russélia
Deslumbrante
baila, o caixeiro inerte, procura a beira da via
Encontra
o “manacá da serra”, que lindas flores chamativas
Parece
querer conversar, são as hortênsias de flores azuis.
O
caixeiro viajante leva um baú, surrado, de cheiro agradável
feitos
com fibra de casca de coco, e presentes em dias atuais,
os
cantos tinha ponteiras de metal, era um baú memorável...
O
caixeiro viajante levava remédios, rapé, chaves, leques, tabaco,
escovas
de cabelos e relíquias, livros de oração, as bolsas relicário.
Acreditava-se
que levavam um elixir, que aumentava a longevidade.
O
Caixeiro viajante de tal fama, em seu baú de cor âmbar opaco,
Seguia
em direção a um lugar ermo, distante o “orfanato
Soledade”
Avistado
acima da colina, uma casa de grande varanda, onde diz:
“Quando somos bons para os outros, somos ainda
melhores para nós”.
O
Caixeiro viajante retirou entre as partes do antigo baú uma carta
Depositou
aos pés da cestaria, entreolhou na janela, o coral infantil
Quando
o viram, correram para abraça-lo, foi quando uma criança,
Leu
e recitou a carta: “Amor é aquilo que vem
por inteiro, é aceitar
um pacote completo de
qualidades, defeitos, dúvidas e incertezas...”
Um
silêncio e uma voz irrompeu a melancolia... – Venham!
Venham
todos... É Véspera de Natal! A ceia está servida!!!