O LENÇO E A CRUZ...
(Baseado
em Lucas 21, 22, 23)
Enquanto ele falava, apareceu uma multidão
conduzida por Judas,
Um misto de luz e trevas permanecia naquele
misterioso jardim...
Brado forte, sons agudos que foram
interrompidos por um beijo,
Jesus com olhar sereno lhe perguntou assim:
"Judas,
com um beijo você está traindo o
Filho do homem?"
Os discípulos atônitos gritam em desespero
sem fim... Dizem:
"Senhor,
atacaremos com espadas? Senhor, que faremos?”
A noite densa declina sobre as pedras gastas
e umedecidas
A neblina povoa de terror a noite escura no
jardim misterioso
Jesus, porém, respondeu: "Basta!" Não
somos homicidas...
E
tocando na orelha do homem, ele o curou.
Jesus disse aos chefes dos sacerdotes, aos
oficiais da guarda do templo
e aos líderes religiosos que tinham vindo
procurá-lo:
"Estou eu chefiando
alguma rebelião, para que vocês tenham vindo com espadas e varas?
Enfurecidos e carregados de ódio o levaram a
casa do sacerdote
Os homens que estavam detendo Jesus começaram
escarnecer
Zombando e batendo nele sem piedade... Com
socos e chicotes
Cobriam seus olhos e perguntavam: Isso é para
você aprender...
"Profetize! Quem foi que bateu em
você?"
A Noite toda naquela selvageria, prantos,
lágrimas e agonia.
Dirigiam-lhe muitas outras palavras de
insulto mesclado a ódio
Reunindo a assembleia levou-os até Pilatos e
acusaram-no...
Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei
estavam ali,
acusando-o com veemência extrema,
humilhando-o...
“Disse Pilatos: eu o castigarei e depois o
soltarei”. Mas era Páscoa!
Ele
era obrigado a soltar-lhes um preso durante a festa.
Desejando soltar a Jesus, Pilatos dirigiu-se
a eles novamente.
Mas
eles continuaram gritando: "Crucifica-o!
Crucifica-o!"
Assim
numa fria manhã em Jerusalém, Jesus de Nazaré,
Tomou
sobre as nossas dores, enfermidades e afrontas,
Tomou
uma Cruz de Lenho nova, recém-lavrado e a pé...
Descia
as escadarias ensanguentado e maltrapilho..
Homem
de dores, pagando nossa dívida impagável.
colocaram
a cruz às costas, fazendo-o carregá-la atrás de Jesus.
grande
número de pessoas seguia, mulheres lamentavam e choravam
Entre
a multidão alguém se aproximava e lhe enxugava a fronte ferida.
Dor
e perfume, bálsamo e vida se confundiam naquele pedaço de lenço
Foi
por você, Foi por mim que Jesus morreu e deu-nos nova vida. Aleluias!
Autor: Carlos Assis Gamarra Poeta do Iguassu