sexta-feira, 15 de abril de 2022

O LENÇO E A CRUZ...

                                                               O LENÇO E A CRUZ...

(Baseado em Lucas 21, 22, 23) 


Enquanto ele falava, apareceu uma multidão conduzida por Judas,

Um misto de luz e trevas permanecia naquele misterioso jardim...

Brado forte, sons agudos que foram interrompidos por um beijo,

Jesus com olhar sereno lhe perguntou assim:

"Judas, com um beijo você está traindo o Filho do homem?"

 
Os discípulos atônitos gritam em desespero sem fim... Dizem:

"Senhor, atacaremos com espadas? Senhor, que faremos?”

A noite densa declina sobre as pedras gastas e umedecidas

A neblina povoa de terror a noite escura no jardim misterioso

Jesus, porém, respondeu: "Basta!" Não somos homicidas...

E tocando na orelha do homem, ele o curou.

 Jesus disse aos chefes dos sacerdotes, aos oficiais da guarda do templo

e aos líderes religiosos que tinham vindo procurá-lo:

"Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês tenham vindo com espadas e varas?

 Enfurecidos e carregados de ódio o levaram a casa do sacerdote

Os homens que estavam detendo Jesus começaram escarnecer

Zombando e batendo nele sem piedade... Com socos e chicotes

Cobriam seus olhos e perguntavam: Isso é para você aprender...

 "Profetize! Quem foi que bateu em você?"

 

A Noite toda naquela selvageria, prantos, lágrimas e agonia.

Dirigiam-lhe muitas outras palavras de insulto mesclado a ódio

Reunindo a assembleia levou-os até Pilatos e acusaram-no...

Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam ali,

acusando-o com veemência extrema, humilhando-o...

 

“Disse Pilatos: eu o castigarei e depois o soltarei”. Mas era Páscoa!

Ele era obrigado a soltar-lhes um preso durante a festa.

Desejando soltar a Jesus, Pilatos dirigiu-se a eles novamente.

 Mas eles continuaram gritando: "Crucifica-o! Crucifica-o!"

 

Assim numa fria manhã em Jerusalém, Jesus de Nazaré,

Tomou sobre as nossas dores, enfermidades e afrontas,

Tomou uma Cruz de Lenho nova, recém-lavrado e a pé...

Descia as escadarias ensanguentado e maltrapilho..

Homem de dores, pagando nossa dívida impagável.


 colocaram a cruz às costas, fazendo-o carregá-la atrás de Jesus.

grande número de pessoas seguia, mulheres lamentavam e choravam

Entre a multidão alguém se aproximava e lhe enxugava a fronte ferida.

Dor e perfume, bálsamo e vida se confundiam naquele pedaço de lenço

Foi por você, Foi por mim que Jesus morreu e deu-nos nova vida. Aleluias!

                                                                                 Autor:                                                                                                                                  Carlos Assis Gamarra                                                                      Poeta do Iguassu