Eis a grande cidade
coberta de medo
O choro, pranto e
riso se confundem.
Céus pálidos emitem
sons obscuros,
Conversas desconexas.
Percebo que:
alguns assumem,
outros desconjuro,
o medo psicodélico,
pavor cadavérico,
confusão mental,
ecoam vozes ocultas
Gemidos
inexprimíveis, feridas abertas,
A Amargura destrói
vidas, assim alguns
oram secretamente e
apertam os dedos,
em um gesto voraz,
cadenciam os votos
saem dedilhando algo,
apertando seios
mastigando lábios,
inquietação atípica...
uma voz oculta que diz: Eu ainda creio.
O vento insinua, a
gente canta e vibra
O sol na fonte pinga
raios fulminantes
O mundo geme, a dor
traz experiência.
A seiva da sociedade
amadurece na luz
A angustia da vida
resplandece na cruz.
Os cantos tristes das almas tristes ecoam
nos antigos ladrilhos
das ladeiras mística,
das igrejas mal
conservadas dos grotões,
enfileiradas nas
entranhas das metrópoles...
corcundas,
encurvadas, empurradas ao vento.
São vigiadas pelas
muitas pombas que insistem
em permanecer com sua
pose angelical ao relento.
Riscando os céus e fugindo das sombras mortas,
o homem solitário imagina seu vôo insólito e
turvo.
Acredita na beleza
dos sonhos, realiza-se ausente,
preserva incoerente
desejo ser feliz. Faz-se de surdo
não quer ouvir a voz
do criador, que insistentemente
lhe diz: Há lugar para mim no teu coração oprimido.
Jás pensante, em um
mundo distante, inconseqüente,
Louco, Louco,
Louco... Esta noite te pedirão a tua alma
os teus teoremas,
conceitos filosóficos e antropológicos
Levarás a raiz de tua
sepultura, onde ficara bem latente
Sua vã maneira de
viver... Choraras então eternamente,
Não pelo que creste,
mas pelo que negaste em sua vida
O sacrifício
divino... O simbolismo e a redenção da cruz,
Desperta
materialista, pois ainda há tempo de vivificar o
velho homem de dura
cerviz, teu obstinado coração aflito grita,
Anseia ardentemente homem das mãos furadas: Jesus
Cristo!
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