sábado, 20 de setembro de 2014

A CRUZ E A ROSA

A CRUZ E A ROSA
 
A CRUZ encravada na Rocha, no alto da colina,
A ROSA desfigurada, exalando o seu perfume...
A CRUZ manchada de  sangue expõe  o  medo,
A ROSA em flagelo, vai corrompida pelo  Ódio...
Abraçar A CRUZ vazia, que assume sua tirania..
A ROSA solitária implora naquele maldito Pódio.
 
A CRUZ imponente, aliançada com império hostil
Rasga A ROSA, fere filho de Deus com fúria Titã.
A CRUZ se levanta em pavor e maldição surreal,
A ROSA movida pelo vento frio, chora pelos males   
A CRUZ dura cerviz, verga o sangue real, mancha
A Rude e Ruge Rosa de Sarom... O Lírio dos Vales!
 
A CRUZ impiedosa rasga a lasca, navalha na carne
A ROSA sente calafrios, desfalece aos pés da turba
A CRUZ ignora perdão dos malfeitores aos seus pés
A ROSA vermelha acolhe os pecadores até na morte
A CRUZ julga pela letra fria da lei, não há senso e Fé
A ROSA a todos constrange pelo Amor sublime, forte!
 
 A CRUZ no vazio perdido, no horizonte escondido espreita
A ROSA que se esmaga em dor e agonia para expor a vida
Na CRUZ vazia, que racha do alto a baixo, se curva e deita,
Aos pés da ROSA e libertá-la da Maldição dos Pecadores...
  
  Autor: Carlos Assis Gamarra 

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