Golas levantadas,
pelos emplumados.
Amanhecia lá vinha...
Todo cheiroso!
Com cara de burguês,
todo, todo feliz,
Cabelos ao vento e o
paletó alinhado.
O gato queria ser aplaudido e reverenciado
Não olhava pobres e
nem os necessitados.
Queria só pra si, a
mordomia e o bom leite.
Resolveu certo dia
iria morar lá na igreja.
O Gato trouxe toda sua prole, só a elite.
Com ar de arrogância
disse zombarias:
“De hoje em diante, todo trigo e azeite,
A farinha, mel e a
gordura é só minha”...
Era gato muito estranho, do seu tosco ninho,
Levantava tarde e era
amante das noitadas.
Gostava de fazer
rolos, se metia em enrosco.
Até que um dia a
irmandade disse revoltada:
“Ninguém aguenta mais sua barba de playboy
Seu sotaque angeliquês, esse seu evangeliquês.
Gato malvado, só quer
a gordura dos rebanhos,
Sorri como gato de
Alice, Ele tem voz vagarosa,
quase arrastada e, do alto da árvore, é
estranho.
Gato malvado miau, miau! Fora já do nosso arraial!
Você quer morar num
palácio de ouro e de cristal.
Quer ser Rei, sem
coroa, Quer ser Pastor sem cajado.
Gato malvado fora da
lei, Nosso Deus ama e perdoa
Seu Gato que usa o
nome de Deus em vão e atoa...
Lembre-se: “A negligencia é um dos piores pecados”
Gato malvado sem coroa, Gato que ufana e vive de usura.
Gato de barbicha
espetada e dura acabou aqui sua aventura,
Você não nos
representa... Entenda isso pela última vez...
Gato malvado miau,
miau! Fora já do nosso arraial!





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